Hellraiser 2

domingo, 19 de julho de 2015.
Os cenobitas em sua melhor forma

Nota: 9,0

Hellraiser 2 - Renascido das Trevas, nos EUA foi lançado sob o nome de Hellraiser - Hellbound na data de 23 de dezembro de 1988. O estúdio New World queria aproveitar o sucesso do filme original de 1987, e não perdeu tempo, lançou logo uma sequência, no aspecto geral isto não dá certo, mas minha opinião pessoal, eu gostei do filme a ponto de afirmar que talvez seja o melhor da franquia, embora o final não seja muito bom, o filme houve mais acertos do que erros.

                                                                             

Esse é o último filme da Ashley Laurence como protagonista da franquia, ela só retorna a interpretar o papel da Kirsty Cotton só no volume 6 que é no caso o Hellraiser - Caçador do inferno. Mas voltando a falar do filme, o enredo se passa no instituto psiquiátrico Channard. Um hospício que leva o nome do médico que é dono da instituição que é no caso o Philip Channard, um respeitado médico que leva duas vidas, a de médico, e a de obsessão pela configuração de lamentos, que é a caixa, quebra cabeça que liberta os cenobitas. o Dr. Channard ao escutar a história da Kirsty, sobre o que motivou a ir para o instituto dele, percebe que os fatos coincidem com aquilo que ele sempre estudou sobre a caixa e os cenobitas por exemplo. 

O médico ao ficar sabendo da história, e que num colchão morreu uma mulher, ele pede para a polícia que o envie o colchão para a casa dele, O assistente do Channard, Kyle ao escutar a história da Kirsty acha que é tudo por causa de um transtorno psiquiátrico, no entanto chegando na sala do chefe dele ele escuta o Dr. Channard pedindo o colchão, suspeitando agora que relmente a história seja real. Chegando na casa do médico ele se depara com um paciente do instituto que acha que o corpo dele é atacado por vermes, recebendo uma lâmina de barbeiro profissional, o doido se corta todo, com o sangue sendo despejado no colchão, isto dá vida para a Júlia, a madrasta com quem traia o marido com o meio irmão Frank, e ainda era cúmplice de um possível estupro que o Frank sempre teve vontade de realizar na sobrinha Kirsty.

                                                                               


Um fato interessante, é que em uma cena que o Dr. Channard está passando as mãos na Júlia, quando o corpo está todo enfaixado por não ter pele ainda, que o médico levanta o vestido, em uma fração de 5 segundos dá para ver claramente a genital da atriz. Um fato que acho que foi vacilo da produção, foi o excesso de corpos utilizados para usar o sangue, e recuperar a Júlia do problema de pele entre outros problemas. O Kyle depois de testemunhar o horrível ocorrido, resolve ajudar a Kirsty a fugir do hospício, mas isso além de não resolver os problemas dela, ela tem outros planos, que é resgatar o pai dela que está preso no mundo do Pinhead.

Mesmo ela sabendo que o Kyle estava apaixonado por ela, acaba por aceitar a ajuda dele de fugir do local, mas o que os dois não esperavam é que ao invadir a casa do Dr. Channard, o assistente Kyle é morto pela Júlia, porque ele presenciou os corpos dos mortos e porque ela ainda tinha uma parte das costa que ainda não estava com a pele completa. Os dois filmes trabalham com cenas chocantes, mortes muito bem feitas, e com cenas tão realistas que ainda era perturbadora as imagens até meados do final da década de 90, foi um filme que foi feito muito além da época, contudo vale destacar que mesmo assim encontra-se mortes com efeitos especiais mal feito. Como na cena em que o Pinhead (Doug Bradley) é degolado pelo opositor cenobita Dr. Channard, que depois da obsessão tão grande, foi transformado em um cenobita.

                                                                                 

O filme foi bem trabalhado pelo diretor Tony Randel, o filme tem ainda uma atmosfera assustadora do original, as cenas gore continuam e a excelente música de orquestra que combinou totalmente com o filme, a música bem feita do Christopher  Young. Um personagem que ajudou muito a construir uma excelente história foi o da Jennifer (Imogen Boorman) que desde o começo quando disseram que a rotina dela no hospital era ficar decifrando enigmas, que já sabíamos que o destino dela estava sendo traçado pela caixa enigmática. E não deu outra, ela abre a caixa, e leva consigo no labirinto do inferno que mora o Pinhead e sua trupe, entra Júlia com o Dr. Channard e a Kirsty que entra no labirinto também para procurar seu pai mas que eventualmente só encontra a Jennifer bem depois de ambas já terem entrado.

No Brasil em meados dos anos 2000 o DVD era distribuído pela editora NBO, que é a minha versão, hoje em dia esse filme ainda está em catálogo, mas é distribuído pela Flashstar. Quem tiver oportunidade, vale a pena garantir a sua mídia, acredito que muito em breve, não terá nenhum DVD disponível pra o mercado, o que é uma pena. E posso afirmar que o filme só existe o DVD até hoje por conta do sucesso, por que infelizmente um filme de terror só vem para o Brasil depois de muito marketing igual Annabelle. 

                                                                                 

O filme comete alguns deslizes no final, mas nada que prejudique o filme, o pior de tudo foi quando quiseram colocar um final que remeta a um sentido que denota a uma sequência, não que o fato de deixar claro que vai haver uma sequência, não foi o que "estragou", mas o argumento que eles usaram para que o Pinhead volte para o próximo filme: Hellraiser - Inferno na Terra, que futuramente quero fazer a resenha também. Estou muito grato que após anos surgiu o primeiro post de uma resenha que vem, de uma sequência de uma franquia tão famosa, mesmo sabendo que as últimas não ficaram tão boas. Abraços e até o próximo post!     
  
                                                                     
                                                                            
    

      
Leia Mais

A Cidade dos Amaldiçoados (1995)

quarta-feira, 15 de julho de 2015.
Um excelente trabalho envolvendo ficção científica e suspense

Nota: 8,0

John Carpenter é um dos caras mais sem sorte do cinema. Dirigiu vários filmes e não obteve sucesso, embora faça excelentes filmes. E neste filme você pode observar que a Universal liberou recursos mais que nos anteriores, visto que os filmes que não são independentes, são dos estúdios Universal. Foi o quarto filme do John Carpenter de terror, antes do hiato de 10 anos.

John Carpenter foi um homem muito corajoso e ousado, fazer um filme misturando horror, o gênero que popularizou ele, com ficção científica. No entanto o diretor não obedece, faz o filme mandando com maestria. Só não consigo dar nota 10 pelo seguinte fato: a violência é muito fraca, é que nem concordo com a censura 18 anos e muito menos com a pouca violência, que muita das vezes foi censurada. O filme divide-se em duas partes, a primeira é o prólogo para explicar a história, tudo começa com um desmaio geral na população de Midwich, que depois de um período breve retoma a consciência dos desmaios, as autoridades foram avisadas e suspeitaram que era algum ataque químico. 

                                                                             


Pouco tempo depois, dez mulheres ficaram grávidas de uma vez só, o parto também foi de forma simultânea. Ao nascer as crianças nascem com as mesmas características, brancos, com cabelos prateados, e poderes de telecinese (mover as coisas com a mente) e telepatia (ler o pensamento das pessoas). A primeira meia hora do filme é exatamente para explicar estes fatos. No restante do filme o roteiro é só mostrando as matanças das crianças, que juntas detém uma incrível força de vontade de sobrevivência.

O filme tem a colaboração do veterano Michael Paré, que mesmo tendo uma carreira nova comparando com outros atores, ele já atuou em muitos filmes entre eles, o SEED que eu já fiz uma crítica, BloodRayne, Alone in The Dark... No elenco conta também o protagonista Christopher Reeve o eterno Super Man em seu último trabalho antes de ficar paraplégico no acidente da queda com o cavalo. O filme foi baseado em um livro lançado no ano de 1958 o título de The Midwich Cuckoos tendo John Wyndham como autor. Posteriormente no ano de 1960 foi lançado o filme, em preto e branco com direção de Wolf Rilla, e roteiro escrito pelo próprio Wolf Rilla, Stirling Silliphant e George Barclay. No ano de 1964 foi a vez de lançar no dia 10 de janeiro uma produção com o nome de "A Estirpe dos Malditos" do diretor Anton Leader. Na verdade não existe um consenso se isto é uma sequência, de qualquer forma a recepção não foi o esperado e muita gente preferiu o original de 1960. 

 A obra teve uma repercussão positiva, contudo pelo roteiro bem escrito e pelos efeitos especiais para a época (1995). Village of Damned contém excelente efeitos sonoros, as músicas aplicadas nas cenas se encaixam perfeitamente, no momento certo.
                                                                   
                                                                   

Em nenhum momento o filme explica como essas mães engravidaram no momento do desmaio, e talvez até isto venha a ser uma qualidade da obra, logo poderia isto tornar o filme em B, os famosos "trash".  O que é citado no filme, é que eles são filhos de um "criador superior", no mais não dá muitos detalhes explicando quem controla essas crianças. Mesmo com quase 20 anos após o lançamento, ainda é possível achar o DVD desta película, que no caso deve ser a lançada em 2003. O DVD ainda tem vários extras, entre eles o trailer de cinema, pena o menu estar em inglês. Se o filme não censurasse algumas cenas como por exemplo: um atirador que no momento que vai atirar na líder do grupo, é surpreendido pelas crianças, e com os poderes da Telecinese é forçado a dar um tiro na própria boca, cortando a cena antes da morte. Sem esses cortes seria um filmão, outro ponto que demonstra que tal situação foi proposital, foi a quantidade de mortes que envolvem explosões, deixando claro que é para o telespectador não ver a morte da vítima. Isto demonstra que há uma certa vontade do filme não ter censura 18 anos, não adiantando nos EUA e no Brasil, o que discordo totalmente.

                                                                               

Enfim fique a vontade em decidir se vai assistir o filme ou não, mas já aviso que é um filme muito bom que deixará de ver, até mesmo por consideração aos filmes ruins e trash que invadiu as locadoras ultimamente, a menos que você procura algo perturbardor, o que o tornaria uma decisão errada. mesmo. O IMDb valendo a nota até 10 deu a nota de 5,6, nota boa mas baixa comparado ao original de 1960 que superou fazendo os seus 7,3. Lembrando que a nota é através de uma média feita por uma votação. Agora veja o trailer do filme abaixo.  

                                                                                   

 
Leia Mais

O Massacre dos Barbys

domingo, 12 de julho de 2015.
Provavelmente o melhor filme de Jess Franco

Nota: 7,0


O Massacre dos Barbys ou simplesmente Killer Barbys, foi lançado em 1996. No Brasil o DVD chegou através da Vinny Filmes numa coleção intitulada "Clássicos do Terror" que foi lançado em dezembro de 2011. Esta obra do Jess Franco pseudônimo de Jésus Franco teve um desempenho mediano, e talvez um dos melhores filme na direção desse diretor espanhol, logo ele tem muitos filmes de temática trash, como "Vampiros Lesbos", "O Oasis do Zumbi" filme que faz parte da coleção e outros filmes de terror trash em sua maioria inédita no país.

                                                                             

A história do filme é bem clara que se baseia na história de Elizabeth Bathory, embora o nome dela em nenhum momento seja pronunciado ou mencionado durante a trama. Elizabeth Bathory para quem não sabe, foi uma condessa húngara que viveu entre 1560-1614 e acreditava que bebendo e se banhando no sangue de suas vítimas estaria garantindo uma beleza longeva. E é isso o que o filme retrata, sobre uma banda punk que quebra o carro nas províncias de um castelo isolado e mora uma condessa que pratica a mesma coisa.

O filme começa com uma apresentação de uma banda punk também espanhola, chamada The Killer Barbys, e a apresentação começa bem "caliente" logo a vocalista da banda se apresenta de biquíni. Acabando a apresentação deles, a banda, pega seu furgão provavelmente uma Kombi antiga da VW, toda caracterizada com o nome da banda e cai na estrada, que supostamente foi uma armação proposital, porque quem observa na apresentação da banda no início do filme observa que um personagem em comum que estava no público trabalha no castelo da condessa. O nome desse sujeito é Arkan, namorado e fiel escudeiro da condessa Von Fledermaus, que mais tarde vai se revelar como uma artista do passado com o nome de Olga Luchan.

                                                                                    

A vocalista Flávia namora o empresário da banda o Rafa, que ainda tem como integrantes o Mário e o Billy que namora a Sharon. O elenco do filme é pequeno e se restringe a banda que dá nome ao mesmo, ao casal, que no caso é a condessa, e o Arkan que tenta rejuvenescer ela, e o braço direito do Arkan, o Baltasar. E uma hilariante dupla de anões que no filme inteiro interpreta duas crianças, não sei porque o diretor fez isso mas ficou tosco, O Arkan educadamente na maior cortesia, chama os jovens para irem ao castelo, sem suspeitar de nada a Flávia, o Rafa e o Mario seguem o homem enquanto o Billy e a Sharon permanecem no furgão para ficar transando. 

                                                                                    

O filme mesmo tendo uma atuação modesta, mantém as características de filme B com a qual o diretor está acostumado a trabalhar nesse tipo de produção, podemos observar esses pontos nos anões interpretando crianças, outra cena interessante é quando a Sharon que está sendo perseguida pela dupla Arkan e Baltasar, e que está totalmente nua correndo por uma floresta, quando de repente o Baltasar golpeia o pescoço dela com uma foice decapitando na hora, e quando a cabeça cai numa pedra, a cabeça dá um grito de agonia. Os primeiros a serem atacados é o casal Billy e Sharon que por não ficarem no castelo os dois ficam vulneráveis, após Sharon morrer e ser levada por Baltasar para uma espécie de "abatedouro" onde ele costuma fazer suas vítimas para então coletar todo o sangue no intuito de ser servido a condessa posteriormente, os dois tem planos de matar todos os jovens no castelo.

                                                                                   


Mas o plano dos dois começa a dar errado quando o próprio Arkan se comunica com o Baltasar através de um interfone fingindo ser um telefone, e o Mario desconfia da farsa, a própria condessa dá os vacilos dela, ela seduz o Rafa namorado da então vocalista Flávia do Killer Barbys e leva para o quarto que após transar, mata o rapaz a facadas, e fazendo ecoar pelo castelo todo os gritos de agonia da morte. O final ficou bem criativo, mas sem fugir das tosqueiras do diretor Jess Franco. É um filme que ainda consigo recomendar, as tosqueiras embora existam, não atrapalha no entendimento e na diversão. O filme foi avaliado no site IMDb com nota 3,1/10.

                                                                           

Curiosidades:  


  • A banda Killer Barbys existe realmente, e são eles que atuam ao longo do filme, e a banda está na ativa até hoje;
  • O filme foi feito por uma produção da Espanha, mas o aúdio do DVD se encontra em francês;
  • O filme tem uma continuação sob o nome de Killer Barbys vs Drácula (2003); 
  • O nome da boneca famosa não foi usado porque sabiam que a Mattel não permitiria;        
  • A música "I Wanna Live in Tromaville" faz referência a cidade de mesmo nome da produtora de filmes de Troma, acostumada a  fazer filmes trash entre eles "A Camisinha Assassina" e "O Vingador Tóxico".
Leia Mais

Portão do Cemitério

sábado, 11 de julho de 2015.
Mais um filme trash que veio ao Brasil... Mas não emplacou

Nota: 7,5

Este filme embora muitos sites tenha conceituado como ruim, eu gostei. Lógico que o filme tem todos os elementos de um filme ruim: violência exagerada, sangue em excesso, o vilão muito mal feito (o vilão é um demônio das tasmânia modificado geneticamente), roteiro paupérrimo, e atuação ruins, mas é legal o filme, por incrível que pareça. O filme foi lançado em 2006 sob o título Cemetery Gates, com direção de Roy Knyrim, o veterano do filme é o ator Reggie Banister, conhecido por fazer vários filmes de terror,  que fica com o título de estrela. O filme tem um elenco desconhecido e inexperiente.  


                                                                                 

Vocês podem achar que estou ficando louco, mas o filme é muito divertido, por mais contraditório que isso possa parecer, o filme faz parte categoria trash, ou filmes "B".  O filme tem um início normal, nada que levante suspeita para um filme trash, mas depois as coisas vão se revelando, e tudo de forma muito engraçada, na primeira morte o filme já mostra a proposta do que será no filme inteiro. O diabo-da-tasmânia da película e fêmea no caso, inclusive o animal tem o nome de Preciosa, mas é muito mal feito.

O filme é feito com um orçamento muito curto, característica de filme trash, por isso antes de ficarem com raiva de mim e me atacarem por eu falar que o filme é bom, lembrem que a proposta da obra é a mesma de outros filmes como, "Tomates Assassinos", "Palhaços Assassinos do Espaço Sideral", "O Monstro do Armário" entre outros... Ou seja todos títulos que não devem ser levados a sério, mas que nem por isso são filmes ruins. Mas infelizmente, existem os públicos que só gostam de Titanic, Avatar e obras de grande orçamento, o que não e´o caso. Mas quem entende o recado e curte um bom trash vai adorar esse filme. 

                                                                       

O roteiro é muito simples, e funciona como pano de fundo para as mortes, são muitas mortes. Para se ter idéia no próprio trailer aparece a seguinte mensagem: "São 90 minutos com 17 mortes". E todas as mortes tem uma temática de humor negro, o roteiro fala de um grupo de jovens que vão ao cemitério gravar um filme de zumbi independente. Mas o que o "elenco" não esperava era ter um diabo-da-tasmânia geneticamente modificado. Um detalhe engraçado no filme, são as "deixas" sem explicação no roteiro do filme, como que um diabo-da-tasmânia que tem um tamanho de uma raposa fica do tamanho de um urso? Como que um cientista que perde a esposa por causa da violência desse animal é tão apegado? E como que o filme tem personagens tão burros?
O ponto alto do filme são os seios constantemente mostrados da loira burra August (Kristin Novac) sem ofensa as loiras, mas a personagem é muita burra mesmo ao longo do enredo. A meu ver o filme tem uma violência exagerada, contudo essas cenas o que fazem ser exagerada, é o excesso de sangue mas não necessariamente acho que a censura deveria ser de 18 anos. O humor seja de tosco ou proposital cadencia o filme de tal forma que as cenas mesmo sanguinolentas, fica em segundo plano. Uma das cenas o administrador do cemitério fala para seus dois filhos delinquentes:
Esse pessoal aí que vai filmar são tudo playboys, podem roubar eles e levar o material para a caverna... Pouco tempo depois os irmãos chegam no cemitério avisando para os protagonistas jovens que não poderia fumar maconha e que veio no intuito o que houve com o patriarca, isso depois de estar ciente da situação, é muito mal feito o roteiro.

Enfim é um filme feito para os amantes do cinema trash, mas vale a pena ser conferido, no Brasil foi lançado o DVD em dezembro de 2006, pela Europa Filmes, o único bônus é um trailer muito bacana. O filme está fora de catálogo, mas ainda é possível encontrar em lojas virtuais. O filme foi feito com um final que remete a uma idéia de continuação, mas até hoje não foi lançado e ao que parece o filme nunca vai sair da gaveta, o que acho uma pena!   

                                                                       

         Abaixo o trailer desta pérola:


Leia Mais

Morte Súbita

segunda-feira, 9 de junho de 2014.
Morte Súbita                                                                     

Um dos melhores filmes de suspense envolvendo animais

Nota: 9,0

Este filme mesmo tendo suas limitações o diretor, produtor e roteirista Greg McLean, conseguiu a missão de fazer um ótimo filme, afinal filme de terror envolvendo a natureza no caso animais, não é o tipo de coisa muito apreciada pelo público de terror. Na verdade nem sei como o filme Crocodilo do consagrado diretor Tobe Hooper teve tantas sequências, junto da franquia Pânico no Lago. Enfim, como crocodilo não é o tipo de coisa que assusta então os únicos recursos seriam um bom roteiro e muito suspense, e foi isso que o Greg McLean fez. O nome deste filme original é Rogue, mas o tradutor parece que não sabia dar um nome apropriado e chamou de Morte Súbita.



Greg McLean é um diretor australiano sem muita experiência em filme, além deste filme ele só dirigiu Wolf Creek: Viagem ao Inferno de 2005. Morte Súbita se passa na Austrália, onde um grupo de turistas vão ao país para conhecer os grandes lagos repletos de crocodilos, mas a embarcação usada para levar os turistas, não rendeu só alegrias, também trouxe transtornos. Os protagonistas desta trama é o crítico de uma revista Pete McKell (Michael Vartan) e a dona da barca Kate Ryan (Radha Mitchell). Ambos estão no barco com outros turistas, e quando o roteiro acaba e a embarcação estava já preparada para voltar, eis que um dos turistas consegue enxergar de longe um "clarão". A Kate convencida de que se trata de um sinalizador de algum barco precisando de ajuda, se projeta em um rio com o seu barco para resgatar os tripulantes do tal barco.



Chegando próximo a duas ilhas, ninguém percebe a presença de nenhuma pessoa, ou embarcação passando por algum perigo. O barco continua navegando e mais um pouco observam um barco terminando de afundar, sem ninguém morto ou em perigo suplicando por ajuda. Sem ninguém entender apenas observa o barco desaparecendo da vista dos turistas, com isso o barco é atacado por baixo, danificando a ponto de começar a afundar, para desespero do grupo. Os tripulantes do barco Suzanne como é chamado pela Kate, faz um desembarque de emergência em uma ilha, mas o inesperado acontece: O rio tem maré, e se o grupo não arranjar uma solução rápida, a ilha ficará submersa deixando os turistas vulneráveis aos ataques do crocodilo assassino.

Diante disto é que o cinéfilo percebe que o filme está começando e tudo isso que passou podemos dizer é um prólogo para entender a história. Os problemas do grupo começam a surgir, o rádio do barco ficou caído no chão, no momento de desespero do grupo, o que deixou molhado impossibilitando de funcionar, e outros acessórios de emergência como o sinalizador e outros medicamentos se perdem no rio e além de não terem comunicação todo mundo tem que agir rápido antes da água invadir a ilha e ir para a outra ilha, que é segura e  não é invadida por crocodilos. Contudo isto não é uma missão fácil até mesmo por ter idosos.

É nessa parte do filme que origina a maioria das mortes, e o diretor teve o talento de escolher os personagens certos para morrer, pois os personagens atacados pelo crocodilo de 4m era os menos carismáticos e nem tinha grande importância para a história se desenvolver. O Greg McLean é o tipo de diretor que fez excelentes trabalhos, como Morte Súbita e Wolf Creek que obteve uma boa aceitação da crítica, não consegue trabalho, ou abandona a profissão de diretor, simplesmente some. Segundo o site Wikipédia o diretor tem uma empresa chamada GMF ou seja Greg McLean Films, e que a empresa de Greg já produziu diversos comerciais para TV, vídeo institucionais e vídeo clipes. O filme Morte Súbita foi produzido sob nomes fortes do cinema com assinatura da Dimension Films e Village Roadshow Pictures, esta última muito conhecida por fazer bastante títulos da Warner Brós como Matrix, A Casa de Cera, Constantine entre outros.

Em uma das tentativas de atravessar o rio para trocar de ilha a Kate é atacada pelo crocodilo, o crítico de revista Pete McKell é o único que se importa com a moça e com a ajuda do cão vira lata dela faz de tudo para resgatar a Kate. Ao que parece esse esforço todo tem um preço: o personagem do Michael Vartan é apaixonado pela Kate. E ainda que a Kate tenha sido salva de inúmeros perigos, tenha sobrevivido ao ataque do réptil ela não retribuiu ao amado no fim do filme. Contudo não vejo que isto atrapalhe a obra, logo uma mulher demora hoje em dia para dar sinais de que está a fim de um parceiro deixando a obra mais realista e porque este tipo de final onde os protagonistas namoram já está muito clichê, deixe isto só para o agente 007 James Bond, que sempre termina faturando a chamada "bond girl".



Ainda que o filme seja bom, a obra do Greg apresentou defeitos mesmo por questão de detalhes, como a capa do DVD lançado no Brasil, uma capa muito ruim que não atrai ninguém a comprar desde que a pessoa conheça já a obra (eu comprei apenas para postar neste blog mesmo, afinal quando comprei o DVD este filme era desconhecido para mim). O título nada a ver, porque Morte Súbita? E mesmo o título sendo inadequado para um filme que se trata de ataques de crocodilo, o filme tem um trilha sonora de muito mal gosto. Não que estes detalhes estrague o filme, mas parece que nenhum filme quer ser 100% bom em todos os aspectos!



  O filme recebeu a nota 6,3 no IMDB. Nada mal para um filme que se você olhar a lista de lá de baixo vai demorar um bocado até chegar esta nota. Entre tantos títulos, esta é uma nota boa. Então se você não sabe o que assistir no próximo final de semana, fica a dica para assistir com a galera. Favor não confundir com um filme de ação do Van Damme lançado em 1995, sob este mesmo título. Abaixo segue o trailer do filme legendado.




Leia Mais

Dead Mary: A Possessão

domingo, 1 de junho de 2014.
Dead Mary - A Possessão

Nota: 5,0

Um filme para se assistir de dia...   Se não você dorme

A resenha de hoje é sobre um filme chamado nos EUA de Dead Mary, mas que no Brasil resolveram colocar um subtítulo de A Possessão. Lançado no ano de 2007, este filme é muito ruim, as atuações são péssimas e o roteiro estragou o enredo. O filme tem lá suas qualidades como atrizes bonitas e uma maquiagem que ficou muito boa na morte do Matt (Jefferson Brown) o namorado da Kim (Dominique Swain) mas no geral morre os elogios aí. O diretor Robert Wilson também tem pouca experiência apesar de ter feitos todos de terror, ele ainda dirigiu Mutação Assassina. 

O enredo se passa numa casa de campo, onde tem vários amigos e todos são amigos de faculdade. Depois de mais de meia hora falando é que os personagens resolvem brincar de Dead Mary, ou seja demorou meia hora para a história começar, detalhe que a lenda americana é chamada de Bloody Mary, mas eles preferiram mudar o nome para Dead Mary, até aí não vejo problema, e o filme poderia demorar pra começar o clima de terror desde que realmente houvesse terror, o que não ocorreu.



Após a brincadeira de falar no espelho 3 vezes o nome da lenda, num banheiro escuro iluminado as velas, o Matt é assassinado pela Eve, em um bosque depois de escutar uns barulhos assustadores e que posteriormente chega a namorada do Baker um homem dos três casais existentes na casa (somente a Eve não tinha namorado). A Lily no caso chega com marcas de sangue, e a assassina sai limpa da casa após minutos ter ocorrido o crime, vai entender né?!!! Todos os amigos vão ver o amigo morto, na cena encontram o Matt todo desfigurado, numa cena que a maquiagem ficou tão bem feita, que a foto da cena é a divulgação do filme e o ápice do filme mesmo, é onde o cinéfilo pensa: "agora sim vai ficar tenso".

Mas tudo não passa de uma impressão do telespectador, os amigos descobrem que é necessário queimar o corpo da pessoa possuída pelo demônio, e chegam a retirar uma parte da gasolina dos carros, que seria usada na fuga pra sair do local no intuito de queimar os amaldiçoados, O filme foge da proposta repare a sinopse: "... Quando o grupo decide se divertir com o diabólico jogo 'Dead Mary', liberta acidentalmente um vingativo espírito que acaba por possuir um a um. Enquanto o demônio os força a se voltarem uns contra os outros, cada um enfrenta uma difícil e terrível escolha. Você retalharia o seu melhor amigo em pedaços para sobreviver? Bem... a escolha é sua". No entanto ao assistir percebe-se que a história focou foi na briga para saber quem matou Matt. Decepção para quem leu a sinopse e achou que veria um Evil Dead anos 2000.

Depois de muita discussão para saber quem matou Matt, e ninguém descobrir o assassino, fica um impasse dentro da casa de ninguém confiar em ninguém. Realmente os amigos vão sendo possuídos pelo espírito diabólico, mas nada que assuste, é que eu discordo da classificação ser 18 anos. O diretor conseguiu a proeza de fazer um filme sobre demônios ruim, uma categoria do terror que não tem como dar erro, não tem como não ser assustador... Mas Robert Wilson conseguiu! Nem sei como a Universal teve coragem de lançar um filme tão ruim, suspeito até que apenas houve a distribuição por parte dela, não houve qualquer participação na produção.



Uma falha grotesca realizada no filme é que nem todos os fatos foram explicados. O que aconteceu com o Todd, dono da casa que organizou o fim de semana com os amigos, o cara parecia ser super popular entre os amigos e nunca chegou na casa? Entrando na reta final do filme, a jovem Amber mata seu namorado Dash com fogo, e o filme termina sem explicar o que aconteceu após a Kim matar a Eve ao perceber que sua colega era hospedeira de um demônio, aparecendo os créditos. O filme apesar de não ser bom obtive o lucro de fazer a resenha de uma obra esquecida no tempo, e que mesmo o filme não sendo bom, tenho o orgulho de ter feito a resenha para este blog. Abraços e até a próxima postagem.     


O filme recebeu a nota 4,5 no IMDB, nada mal para um filme de baixo orçamento, porque para quem não sabe a estratégia usada para o filme ficar barato é rolar o filme em um cenário só. Abaixo o trailer oficial do filme.



Leia Mais

Pânico

segunda-feira, 19 de maio de 2014.
Um terror inteligente

Nota: 9,0

                                                                               


O filme Pânico ou simplesmente Scream como foi chamado nos EUA, fez um baita sucesso. Lançado no ano de 1996 o filme Pânico, surpreendeu o público admirador do terror, pois o filme faz parte de uma categoria chamada "slash", onde o vilão se emprega de alguma arma para matar quem interferir em seu caminho. E o público já estava acostumado com aquele roteiro manjado dos filmes do Jason Vorhees da série Sexta Feira 13, em que várias vítimas morrem na mão do vilão. Mas o filme Pânico resgatou o terror e acrescentou umas doses de suspense. 

Inclusive para aproveitar o sucesso, já foram lançando a franquia  Eu Sei o Que Vocês Fizeram No Verão Passado que segue os mesmos moldes aplicados no filme ao qual farei a resenha, inclusive a famosa máscara do filme Pânico que foi bem "carismática" também serviu de modelo pra outros filmes, está certo que o Jason já usava uma máscara, mas a questão da máscara no filme  do Ghostface foi apenas um detalhe que contribuiu para o sucesso da franquia, afinal o filme sem a máscara mas com o mesmo suspense faria sucesso. O filme foi dirigido pela lenda do terror Wes Craven, que talvez este tenha sido o seu filme mais bem sucedido da carreira.



O filme conta a história de um assassino que é obcecado por filmes de terror e que muitas vezes liga para suas vítimas no intuito de brincar, fazendo perguntas relacionadas aos filmes do gênero. O elenco ainda que desconhecido, atuou muito bem, tudo começa com a atriz Drew Barrymore recebendo uma ligação suspeita e assustadora, a pessoa que liga mostra evidências que está na casa dela e depois mata o namorado da mesma. A personagem ainda tenta fugir, mas é perseguida e morta sendo posteriormente estripada. Ao acabar a cena dela, a escola que ela frequentava é lotada de policiais para investigar o caso, e uma turma de jovens que estudavam junto da Drew que tinha o nome de Casey Becker, são os protagonistas dessa trama.

A próxima vítima na lista do Ghostface é a Sidney Prescott que era para ser assassinada mas por sorte ou por força do destino o assassino não consegue matar ela. E o assassino colocou isto como meta de tal forma que outras pessoas são assassinadas sem passar pelas perguntas sobre filmes de terror como de costume. O ponto fraco do filme fica por conta das cenas que não achei violentas, mesmo tendo uma repercussão de muito violento, chegando a ser banido da Coréia do Sul e o filme teve que ser reeditado, segundo o site Wikipédia. Outro ponto negativo é que o assassino foi previsível de adivinhar, pois não havia muitos personagens, a menos que surgisse um personagem surpresa que houvesse algum motivo em questão que o ligasse aos personagens, o que não ocorreu.



Atualmente o filme contém quatro sequências, e todas elas foram bem sucedidas, há informações na internet de que haverá uma continuação, inclusive está rolando um trailer no You Tube com o título avisando que tem participação da apresentadora americana Oprah, mas não posso confirmar se é um material oficial. Outra coisa que não concordo é a personagem Sidney Prescott ser explorada em tantas sequências, já basta o agente britânico 007 James Bond, que já resiste a quase 25 anos e até hoje não sofreu uma lesão. Tudo bem que o filme é daqueles terror "fabricado", acredito até que foi por isto mesmo que o filme não tem violência gore, é que a classificação no Brasil foi de 14 anos.

De qualquer forma a trama já conseguiu várias proezas, como atingir a marca de mais de 100 milhões de dólares em todas as sequências; a obra foi relacionada no livro 1001 filmes para assistir antes de morrer, revelou atores até então desconhecidos e a trilha sonora contém artistas atualizados e em evidências como Alice Cooper, Slipknot, Creed... Wes Craven também provou que não necessariamente um filme precise de um carro forte cheio de dinheiro, com um modesto 14 milhões ele conseguiu converter para mais de 170 milhões usando elementos simples, para um roteiro que tinha tudo para cair na mesmice. Além do mais Pânico contém algo bem particular, recebeu doses de humor, não que isto seja necessário para um filme de terror. Contudo o humor no caso foi usado no bom senso e com moderação o que possibilitou uma grande contribuição, vale lembrar que outros filmes já tentaram fazer o mesmo, as vezes até querendo fazer algo mesmo tipo um "humor negro". O Filho de Chucky é um exemplo, resultado: Foi um desastre em bilheterias!

Então se você na hora que for assistir um bom filme de terror não tiver nenhum clássico dos anos 80, ou um desses modernos que não foi lançado no Brasil, fica aí uma dica para você que precisa assistir um desses terror populares, pois para quem não sabe Wes Craven e Robert Englund são duas lendas do terror que fizeram muitas pérolas raras, mais raras mesmas um exemplo do filme do Robert Englund é A Língua Assassina, material que só foi lançado em VHS e que ficou perdido e esquecido pelas produtoras, obrigando as pessoas a assistir filmes muitas vezes ruim como é o caso de Crepúsculo que foi um verdadeiro sucesso por conta do status de super produção. E até a próxima!   





 
  
Leia Mais